Tem um tempão que eu queria escrever este blog...mas até pra isso estava insegura. Na verdade eu sempre quis ser veterinária. Adoro(rava) os bichinhos e não tinha outra profissão em mente. Mas sabe como é...tudo muito caro, muito tempo dedicado aos estudos, enfim, algo impossivel para a minha realidade na época. Hoje não consigo me ver em tal profissão. Acho que não tem mais nada a ver comigo.
Desencanei e parti para a área pedagógica. Assim faria algo que gosto muito que é ensinar e ao mesmo tempo poderia falar de Jesus para muitas crianças.
Fiz a faculdade que por sinal foi maravilhosa e hoje estou aqui compartilhando com vcs minha trajetória.
Quer uma dica? Faça estágio desde o primeiro ano de faculdade! Se vc tiver condições...
Eu não fiz...desde que comecei a faculdade, ainda fiquei no meu ultimo emprego por 1 ano e meio e isso me prejudicou muito, mas não podia deixar de trabalhar para correr atrás de estágio.No ultimo ano de faculdade engravidei do meu filho lindo e aí foi mais dificil, pq estava acima do peso e tive pré-eclâmpsia no final da gravidez.
E o que aconteceu? Os estágios na área foram por água abaixo. Até fiz alguns, mas não foi o suficiente. Só me dei conta disso quando fui procurar emprego.
Sem experiência suficiente e com um filho pequeno... não conseguia nada.
Meu filho passou o primeiro ano de vida muito doente então a fase de treinee passou e eu não aproveitei.
O tempo foi pasando e passando e os empregos que apareciam, eram para Educação infantil ou Babá (eu me formei em Ensino fundamental I, Supervisão e Gestão) e pra mim era impossivel, já que estava carregando todos os dias um bb de colo que precisava de mim. Não tinha com quem deixá-lo e estava passando sérios problemas financeiros.
Até arrisquei trabalhando em uma creche de um hospital famoso, mas foi um desastre. Não pelas crianças mas pelo sistema adotado no local afff... fiquei traumatizada com educação infantil por um bom tempo. Mas já passou graças ao meu filho...minha cobaia. Depois eu conto.
Até passei em 2 concursos porque estava com a cuca fresca (outra dica: nunca pare de estudar... procure sempre se atualizar com as novas tendências e bibliografias): um pelo Estado de SP e outro por São Caetano, mas como não tinha concluido a faculdade, não pude assumir... chorei muiiiito. Depois fiquei com preguiça, não estudava o suficiente e não consegui passar mais em nenhum, pelo acúmulo de bibliografias que deixei passar.
Outros tomei bomba na dissertativa, pela falta de experiência com alunos, não comentei corretamente (ou não como esperado) as questões/situações do problema.
Pra resumir apareceram outros empregos na área de Educação Infantil, como babá, onde exploravam pelo horário absurdo e baixo salário e até outros fora da área, inclusive no ano passado. Estava praticamente empregada e no ultimo instante desisti. Alguns me dispensaram pela religião, outros porque eu já estava muito tempo fora do mercado. Fiquei com depressão e muito triste por essa situação. Queria trabalhar caramba... não aguentava mais ficar em casa sem dinheiro.
Foi uma delícia passar todo esse tempo com meu filho e poder vê-lo crescer (e passaria muito mais).Costumo pensar que apesar de ficar sem emprego, eu não perdi nada, pelo contrário, ganhei. Creio que é o dilema de muitas mães, que dariam tudo pra passar mais tempo com seus filhos. Isso me confortou.
Mas como o professor pode ter experiência se a mesma é negada? Tenho certeza que "os grandes diretores e coordenadores" começaram sua carreira com dificuldades em algum momento.
Não estou escolhendo emprego, mas ainda acredito no meu potencial e não quero abandonar a profissão que eu escolhi, sem ao menos tentar e também não posso aceitar algo que não desempenharei da melhor forma, "queimando o meu filme" certo? Ado ado ado cada um no seu quadrado...
E outra não posso esquecer do meu maior objetivo: Falar de Jesus para as crianças e mostrar como é bom segui-lo.
Beijinhos
Cé
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